Faz algumas semanas, depois daquela noite vergonhosa, e sem sucesso para ele. Que assim continua pensar, por que não sabe a opinião dela sobre mesma noite.
Foi a primeira vez que os dois conversaram cara a cara, ou cara a porta, porta a cara, como na verdade aconteceu.
Finalmente o jeito ranzinza que ele via a vida fez um pouco de sentido para ela. Que também percebeu que ele se importa com o que ela acha dele.
Apesar de ser claramente perceptível, qualquer comedia vira um drama, dependendo do seu estado na hora da leitura.
Vez em quando ela o procura observando de sua janela, só que ele não voltou a aparecer. E possivelmente não voltará.
Assim ela pensa e espera, um pouco conformada que ele não volte.
Seu café está quase no ponto.
Ele está adoentado, chutou o dedinho do pé direito na quina da cabeceira, manchou uma poesia de tinta, perdeu dois parágrafos em versos de samba, terá que começar de novo. No fim da tosse, começa a serenata.
E da janela ela saiu, foi para cozinha beber o café, partiu.
E para cama ele foi, depois de ingerir seu veneno, dormiu.
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